Ferreira de Castro
A Selva
A intromision no corazón da selva virgem amazónica, do motus vivendi do homen branco convencional, acompanhado de todas as suas manhas, e conseguintes industriacinhas merdentas, acabou fabricando unha nova demência, desta ves conhecida como o “inferno verde”
Os Terra-tenentes conservavan ainda no seu cerne, as velhas costumes da escravidon, e sabian bem como chupar o sangue dos aventureiros brancos e negros, que arrastados pela fama de prosperidade da region, eran recrutados para estas titânicas labouras, muitas veces súperiores ás suas forzas.
Com a axuda dos “Capitaes do Mato”, capangas comprados para manter estes rebanhos de xente atenazada pelo terror da violencia, guardas que os defendian da fúria assessina dos escravos, e que minavan qualquer possibilidade de escapar daquela ferós exploracion.
Toda esta civilizacion, que era capaz de inventar negócios tan tráxicos como o da “Borraxa”, que agora nos ocupa, eran Impérios brutais, erguidos sobre a morte e o sufrimento das pobres xentes, ondanadas de emigrantes obrigados pola miséria, abandonaban cegados pela cobiza as sua aldeias natais, para procurar unha fortuna carente de toda razón. Contrastavan estas monstruosidades, com a vida aparentemente harmoniosa dos mal chamados “Indios”, que segundo parece, vivian na mais obsoluta igualdade comunitária, e se negaban a trabalhar para esta xentuza, que evitavan e combatian como se de demónios se tratara. Escondidos na maranha do bosque, atacaban inesperadamente, e facian-nos o favor de cortarlhes a cabeza barbuda para dançar reverencialmente ó redor delas. Tamen os animais todos e a nái Natureza se uniron a esta luta, matando a esgalha, nestes ladrons dilapidadores de vida, e os seus trístes e desprecíveis negócios.
Léria Cultural