Aconteceu este drama tráxico-cómico, na localidade Portuguesa de Rio Maior, e ainda hoxe em dia muitos se preguntan se o leon existia realmente, ou era producto da imaxinacion popular.
Os campesinos afirmaban que andaba um leon á solta, e a xente riase, incrédula perante tamanha exageracion. O asunto adqueriu tonalidades rocambolescas, e o humor nacional despertou o seu talento, ironizando sobre estas misteriosas aparicions, e creo que ainda ha dúvidas sobre a sua existencia.
Mas o caso que me resultou mais aberrante, e que mais clamaba ó ceu, foi a entrevista que unha das velhas glórias xornalisticas do país, fixo a um rústico labrador, home inxénuo do campo, no sentido daquel que actua sem doblés.
O pimpolho preguntaba todo cheio de superioridade, e com modos burlescos ¿¿Vocé tambem viu o Leao?? ¿¿E pode descreberme que aspecto tinha?? O homen respondia honestamente, detalhando os pormenores como modestamente podia, despertando o falso pírronismo do entrevistador, que sempre terminaba com a célebre frase ¡¿E ESTA HEIN?!.
Pois, como para castigar toda esta presuncion, o Leon de verbo fixose carne, e cobrou vida de personaxen tráxico. Escapara dum circo quando era unha cria, e ficara esquecido, abandonado. Posteriormente fora cuidado por um maestro, que o mantinha escondido na sua quinta, até que se fixo grande e sentiu a apremiante necessidade de conhecer mundo, encontrandose casualmente nos seus passeios com xente do lugar, que fuxia apavorada ó atoparse imprevistamente com semelhante fera.
Finalmente, o seu amigo, aquel que durante tanto tempo o cuidara, non deixou que ninguem o matara, preferiu ser el a darlhe o ultimo adeus, acabando penosamente com dous tiros de carabina, unha terna historia que os medos inxustamente acabaron por arruinar.
Eira Comunal
Publicado en Tempo de lecer
Etiquetado Literatura